Francisco Monteiro foi o mais recente convidado do podcast de Bruna Gomes, “Bruna Convida”, e falou sobre o que mudou após a sua participação e vitória no “Big Brother”.
“Nos três meses e três semanas que lá estive, eu evoluí muito mais e aprendi muito mais do que no resto da minha vida. Muito mais! Eu saio um homem completamente… eu não digo diferente, eu sou a mesma coisa, mas muito mais maduro e muito mais apetrechado de muita coisa”, afirmou, referindo que também passou a estar mais à vontade em frente a uma câmara.
“A forma como eu me vejo também hoje em dia é muito diferente, mas é diferente porque eu via como todos os outros olhavam para mim e quase que não era justo. Ou seja, tu é que eras o diferente quase. Eu olhava para mim de uma forma muito negativa, quando toda a gente olhava para mim de uma forma incrível e eu acabei por perceber que isso não era justo”, comentou Francisco Monteiro.
“Por muito que haja muita coisa que eu queira mudar e que tenha de mudar, não era justo olhar para mim dessa forma. Portanto, isso foi o que mais mudou em mim. Eu tenho uma outra perceção de mim, muito por culpa daquilo que os outros me foram mostrando também”, acrescentou Francisco Monteiro.
“Eu acabei por me olhar de uma forma muito mais positiva”, sublinhou.
“Em 28 anos, nunca consegui ver nada disso, por culpa daquilo que ia acontecendo, se calhar, nunca correu assim tão bem e eu, se calhar, punha-me lá para baixo em vez de me puxar um bocadinho para cima. Mas eu, a partir dos inputs que eu tinha de toda a gente à minha volta, muita gente que nunca me tinha visto, que me conheceu e que ficou com uma ideia incrível sobre mim, obviamente que mudou aquilo que penso sobre mim hoje”, explicou Francisco Monteiro.
Francisco Monteiro explicou que não consegue ter confiança ainda “em tudo o que seja mais físico”: “Por exemplo, tu nunca me vais ver a ter confiança a dançar ou a fazer um desfile de moda. Tem a ver com a minha imagem, não tem a ver com o facto de saber ou não dançar, mas, no fundo, a tua imagem é importante para aquilo”.
“Eu não consigo ter confiança porque olho para mim, por culpa minha, se eu não tiver uma imagem corporal que eu goste, porquê que o outro vai gostar? Eu não gosto do que vejo, porquê que tu vais gostar daquilo que tu vês?”, questionou Francisco Monteiro.
“Mas, depois, também tem a outra parte. Tudo o que tenha a ver com o intelecto… no fundo, nas dinâmicas que nós temos lá, as provas que nós temos, eu sou a pessoa mais confiante do mundo, por muito que até diga barbaridades, porque eu não tenho problema nenhum em dizer ‘eu não sei’”, continuou Francisco Monteiro.
“Tudo o que tenha a ver mais com o intelecto e aquilo que tenha dentro de mim, os meus valores, os meus ideais, a cultura geral e etc. eu tenho muita confiança, por muito que falhe”, completou.
Francisco Monteiro referiu que o seu amor-próprio está “em construção”, mas que agora já não se permite a ter certas atitudes para consigo: “Já não me permito acordar todos os dias e dizer ‘é pá, que porcaria, não gosto nada do que eu estou a ver’. Não, isso já não faço. Não, eu vou chegar lá, tudo tem o seu tempo. Obviamente, a vida mudou muito nos últimos tempos e, portanto, passinho a passinho, mas já não me permito sequer rebaixar-me a mim próprio”.
“Aquilo que eu recebo do exterior é super positivo, não podia ser melhor e eu agradeço imenso. Obviamente que tu não consegues pegar naquilo e pôr dentro de ti. Eu acho que também tem a ver com um processo e tem de começar de ti e não dos outros, mas, acima de tudo isso, criou ali um limite para mim, uma barreira, que é: por muito que eu ainda não consiga ver, nunca vou chegar também a um ponto de me autodestruir, isso não”, rematou Francisco Monteiro.
