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Gisela João partilha desabafo: “Fico a pensar nas coisas, na profundidade delas, nas camadas de histórias que elas carregam”

"Há milhares de desabafos, de vidas sufocadas", expressou Gisela João.

Joana Aleixo
3 min leitura

Gisela João recorreu, esta sexta-feira, ao Instagram para desabafar sobre uma paixão que tem há bastante tempo. A fadista fez ainda, uma reflexão profunda.

No Instagram começou por escrever: “BAI-DOSA, BAI-ROSA FUI EU QUE FIZ! O crochet. Chegou o tempo de usar as peças de crochet, os naprons estão sempre a uso o ano todo, mas como gosto de usar o algodão para fazer crochet, chegou o tempo dele. Chegou a altura do ano de me agarrar ao crochet! Crochet que salva! Sempre!“.

Hoje vou usar esta peça que encontrei por acaso, ontem, em arrumações e pensei, “ WOW FUI EU QUE FIZ ! “. Fico a pensar nas coisas, na profundidade delas, nas camadas de histórias que elas carregam. Estava a pensar no crochet, que salva, há muito tempo, muitas pessoas que não podendo tratar a sua saúde mental, da qual tanto se fala agora, foram cuidando ponto a ponto, no faz e desfaz com as linhas e com as agulhas“, continuou Gisela João.

Crochet sim, crochet que foi o comprimido a que tantas não tinham acesso, que foi a consulta que não podiam ter. Panos que nasceram de sonhos que não podiam contar a ninguém. Quanto ajudaram as doçuras em crochet, que se vendiam para ajudar ao sustento, na renda mensal de muitos agregados. O quão empoderada se sente a pessoa, no final de um crochet, porque foi ela que fez, foram as suas mãos que foram capazes de produzir, num mundo em que cada vez mais nos dizem que não conseguimos acabar nada“, explicou ainda Gisela João.

É tão antigo rir ou gozar com o crochet, é tão falta de conhecer o mundo. Tantas pessoas podiam largar o scroll do telemóvel e usar as mãos, para criar e, ao mesmo tempo, aprender a relação consigo. O crochet é profundo, é muito profundo. Há milhares de histórias de vida em peças de crochet. Há milhares de desabafos, de vidas sufocadas nos infinitos naprons ou paninhos de cozinha, carinhosa ou dolorosamente debruados em crochet. Por isso, sim, crochet também pode mudar vidas. Viva às crocheteiras“, rematou Gisela João.

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