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Raminhos: “Tomei medicação antidepressiva e ansiolítica em vários momentos da minha vida, mas o trabalho continua a ser meu”

"Haverá pessoas com boas e más experiências com profissionais de saúde e com medicação. Também as tive, mas também há histórias incríveis de quem ganhou uma nova vida, de recuperação, de uma nova jornada."

Ana Ramos
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António Raminhos comentou, esta segunda-feira, nas redes sociais sobre “o estigma da medicação ‘para a cabeça’”.

“Esta semana, o Observador, partilhou um trecho da entrevista que fiz e onde falo da importância de aceitar a medicação para o tratamento da doença mental. De como assume um papel importante quando uma pessoa está num processo de desequilíbrio neuroquímico ou em qualquer caso em que o profissional de saúde acredite que seja benéfico”, começou por referir o humorista no Instagram.

“O cérebro é um órgão, não é diferente do fígado, do estômago, do coração e, como tal, sofre alterações. Mas mais importante. Eu tomei medicação antidepressiva e ansiolítica em vários momentos da minha vida, mas o trabalho continua a ser meu”, sublinhou António Raminhos.

“Foi a medicação que me permitiu ter discernimento mental e até emocional para os desafios que tive de enfrentar na psicoterapia. Que me permitiu ter o equilíbrio para procurar respostas. Respostas essas que, para além da psicoterapia, procuro também na meditação, nas minhas orações, no autoconhecimento, no desporto, etc… Sempre que tive de voltar à medicação foi com a consciência de que o trabalho de entender-me era meu”, contou António Raminhos.

“Por outro lado, tenho amigos que tomam antidepressivos, porque precisam, mas depois continuam a fumar, a beber, a dormir mal, a trabalhar em excesso, com rancor, com traumas… A medicação faz o seu papel, mas em muitos casos falta o resto”, considerou António Raminhos, referindo que “qualquer psiquiatra poderá explicar melhor”.

“Há doenças e questões mentais que, por mais força de vontade que a pessoa tenha, a resposta inicial está na medicação. E há até casos mais complicados onde a medicação é essencial para a vida como é para outras doenças”, continuou António Raminhos.

“Nem todas as respostas estão apenas em apanhar sol, desporto, meditação, regressões, hipnose ou reiki. Mas o melhor de tudo é que mesmo as pessoas que tomam medicação podem continuar a procurar respostas noutras terapias ‘alternativas’. Ciência e espiritualidade foram separadas pelo Homem e por mais ninguém”, acredita António Raminhos.

“Haverá pessoas com boas e más experiências com profissionais de saúde e com medicação. Também as tive, mas também há histórias incríveis de quem ganhou uma nova vida, de recuperação, de uma nova jornada. Não tem que se separar o mundo, até porque ele nunca foi só preto ou branco”, rematou António Raminhos.

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