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Carolina Deslandes: “Passei a gostar de ter boa memória quando fui mãe”

"Uma boa memória é uma bênção e uma maldição."

Ana Ramos
2 min leitura
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Carolina Deslandes partilhou com os seguidores, esta sexta-feira, um desabafo sobre a memória.

“Tenho boa memória. Lembro-me do telefone fixo da casa antiga dos meus avós. Lembro-me do primeiro dia de aulas da primeira classe. Lembro-me da última discussão que os meus pais tiveram e que os levou ao divórcio”, começou por referir a artista no Instagram.

“Tenho boa memória. Lembro-me do cheiro do meu avô, como se o tivesse abraçado há minutos. Lembro-me de a minha mãe sacar de uma caneta da mala e acrescentar um ponto final numa composição minha que estava exposta na parede. Piscou-me o olho a seguir. Lembro-me da primeira vez que vi a minha irmã Matilde dormir. Lembro-me de todas as 17 casas onde vivi e podia desenhá-las agora”, continuou Carolina Deslandes.

“Uma boa memória é uma bênção e uma maldição. Se ao mesmo tempo nos devolve o que perdemos, também nos condena ao que não somos capazes de largar. Passei a gostar de ter boa memória quando fui mãe”, confessou Carolina Deslandes.

“A poucas horas de arrancar para a estrada, agarro-me à memória como um super-poder: basta-me fechar os olhos e consigo ter qualquer um dos meus filhos colados ao meu nariz. Sei a que cheira cada um dos seus pescoços. Sei distinguir o riso e o choro. Sei encontrar o cheio a torradas, ovos, leite quente e, em segundos, estamos todos juntos, ali, na minha memória”, descreveu Carolina Deslandes.

“Tenho boa memória. E está tudo bem. Porque hoje, também tenho uma boa vida”, afirmou.

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