Ricardo Quaresma sobre treinadores: “O que me deixou mais desiludido foi o Paulo Bento”

"O Cris, na altura, foi importante, porque andou ali a chatear-me um bocado."

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Ricardo Quaresma esteve, esta quarta-feira, na Rádio Renascença, à conversa com ‘As Três da Manhã’ e falou sobre a sua má ligação com alguns treinadores.

“Criticaste vários treinadores ao longo da tua carreira como Lopetegui, Carlos Queiroz e até o presidente do Beşiktaş. Se não tens paciência para lidar com a autoridade, como é que te deste sempre tão bem com o homem que manda na Seleção, o Cristiano Ronaldo?”, questionou Joana Marques.

“Porque o Cristiano é uma amizade de longa data. Eu não lido bem é com falsidade. Agora, há sempre alguém que tem de mandar… depende é da maneira como gere as coisas. E essas pessoas que estás a falar, para mim, foram falsas, por isso é que eu não reagi bem”, respondeu Ricardo Quaresma.

“O que é que preferias: ter de acabar a carreira e nunca mais ter nada a ver com futebol ou teres um convite para jogares no clube dos teus sonhos, mas treinado pelo Lopetegui?”, perguntou ainda a locutora, mais à frente.

Depois de pensar durante alguns segundos, Ricardo Quaresma respondeu: “Eu já realizei os meus sonhos, joguei no Barcelona, joguei no Porto, joguei no Beşiktaş, por isso”.

Ricardo Quaresma contou ainda qual foi o selecionador com quem se deu melhor: “Dar melhor dei-me com todos, agora, o que mais me deu confiança foi o Fernando Santos”.

Por outro lado, Ricardo Quaresma também confessou quem foi aquele que mais o desiludiu: “O que me deixou mais desiludido, porque tive o prazer de jogar com ele e de ser colega de quarto dele durante duas épocas no Sporting, foi o Paulo Bento”.

“Cheguei a ir ao Europeu com ele e fui o único jogador que não tive um minuto e isso deixou-me um bocado triste e, aliás, a meio do Europeu fiz a mala e queria vir-me embora, porque percebi que não estava ali a fazer nada”, recordou Ricardo Quaresma.

“O Cris, na altura, foi importante, porque andou ali a chatear-me um bocado. O Gaspar também foi uma pessoa importante, porque sentava-me várias vezes a falar com ele e ele acalmava-me, mas foi, lá está, se calhar, o Paulo Bento, por tudo isso. Aprendi muito como jogador e, depois, quando passou aquela fase de jogador – treinador, as coisas mudaram”, acrescentou Ricardo Quaresma.

“O que mais me custou foi a confiança que eu tinha com ele e ele nunca me ter dado uma explicação”, mencionou. “Eu não sou de pedir nada… Poder podes sempre [ir falar com eles], eles dizem sempre que têm a porta aberta, mas, lá está, tu vais perguntar uma coisa, vais ouvir o que não queres e, depois, também, se calhar, começas a falar coisas que eles não querem. Depois, já entras ali… não vale a pena”, continuou Ricardo Quaresma.

“Quando eu ficava fora dos Mundiais, principalmente dos Mundiais, porque aos Europeus eu ia, só que chegava aos Mundiais e ficava de fora, pegava na minha família e ia de férias! Tentava ficar longe do futebol, mas, lá está, cada um reage à sua maneira”, disse Ricardo Quaresma.

Veja aqui uma parte do programa.

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