De polémica em polémica, as manhãs da TVI têm perdido cada vez mais telespectadores para Cristina Ferreira, da SIC. Manuel Luís Goucha ainda não encontrou o antídoto para superar a antiga colega do Você na TV e a direção do canal aparenta distanciar-se cada vez mais das decisões tomadas pelo carismático apresentador, de 64 anos.
Conforme o dia de estreia de Cristina Ferreira na SIC se ia aproximando, Manuel Luís Goucha procurava, a todo custo, chamar para si a maioria dos telespectadores das manhãs da televisão nacional. Iniciou o novo formato logo no dia 2 de janeiro, ao lado de Maria Cerqueira Gomes, de modo a antecipar-se à antiga colega, que só foi para o ar no dia 7. Já neste dia, começou o programa mais cedo para ganhar mais audiências e teve como convidado Mário Machado, líder do movimento Nova Ordem Social.
Os problemas para Goucha iniciaram-se aqui. Não só foi derrotado nas audiências como viu serem apresentadas várias queixas à Entidade Reguladora para a Comunicação Social devido ao facto de ter convidado um defensor da extrema-direita e de um dos seus repórteres, Bruno Caetano, ter afirmado em direto que Portugal precisa de um novo Salazar para impor mais respeito a nível de autoridade.
No dia de estreia de Cristina Ferreira na SIC, a estrela da Malveira recebeu um telefonema do Presidente da República a felicitá-la pelo novo desafio profissional. Também neste aspeto Goucha ficou por baixo. Embora tenha procurado evitar falar do assunto, o marido, Rui Oliveira, teceu vários ataques a Marcelo Rebelo de Sousa nas redes sociais, acusando-o de não telefonar a quem realmente devia.
Rui Oliveira é, de resto, outra aposta que a TVI começa a ver com maus olhos. O marido de Manuel Luís Goucha era visto como um trunfo para superar Cristina Ferreira, mas certo é que a estação de Queluz de Baixo começa mesmo a duvidar das suas capacidades para desempenhar um papel tão importante ao serviço do canal.
Dadas as circunstâncias, e segundo avança a revista TV Guia, as reuniões de emergência entre José Eduardo Moniz, consultor para as áreas da Ficção e do Entretenimento, e Bruno Santos, diretor-geral, têm acontecido todos os dias imediatamente a seguir ao término do programa de modo a analisar as audiências e com vista a procurar soluções para dar uma vez mais a liderança à TVI.
